sábado, 5 de dezembro de 2009

Turbulência

Uma mudança de treinador é muito mais que uma chicotada psicológica. O novo treinador não entra na equipa diz umas palavras mágicas e pronto, a equipa passa a jogar muito melhor. A realidade está muito longe disto. A entrada de um novo treinador muito provavelmente melhora o estado psicológico da equipa, mas para se atingir resultados a parte psicológica é uma ínfima parte de um longo processo. O treinador não vai poder escolher o esquema táctico e depois os jogadores que melhor se encaixam, vai ser o processo inverso. O novo treinador vai ter que primeiro ver os jogadores que têm á disposição e depois pensar como vai organizar o esquema táctico para a equipa render melhor. Muitas vezes o esquema táctico pode nem ser o que o treinador mais se identifica. Um treinador que chegue a meio da época além de ter um trabalho muito mais difícil não vai ter a pré-época, os jogos a doer podem estar a uma distância de poucos dias. Carlos Carvalhal vai ter que lidar com todos estes problemas. O trabalho de Carvalhal vai andar muito á volta de ver por que ponta pode pegar no plantel para chegar á melhor táctica. O jogo contra o Heerenveen prova que o novo treinador ainda estuda várias alternativas, vai experimentando um jogador em mais do que uma posição para ver onde melhor podem render. Com certeza que vai ser mais urgente que nunca reforços de Inverno para que a equipa se torne mais á maneira do novo treinador. Com ainda tanto trabalho pela frente e tão pouco tempo é difícil de se esperar que a equipa renda como se tivesse em situações normais. Então e o jogo contra o Benfica? Trata-se se um jogo completamente diferente, pois é um jogo grande. Nestes jogos com todo o ambiente á volta da equipa, esta ganha uma alma diferente e tudo se torna mais fácil.

A juntar a esta turbulência que se forma com a chegada de um novo treinador, Liedson veio piorar as coisas com polémicas reacções. Numa equipa vive-se uma ditadura onde o treinador é o ditador. Os jogadores apenas têm que obedecer. Liedson pôs em causa as decisões do treinador que visa o melhor para a equipa defendendo o que lhe satisfaz mais. Se é para jogar em 4-3-3 é porque é o mais apropriado para a equipa. Neste esquema Liedson pode ter um menor rendimento, mas em geral a equipa joga melhor do que se joga-se em 4-4-2, mesmo que Liedson joga-se melhor neste ultimo esquema táctico. Outro tema que Liedson trouxe á baila foi o facto de dizer que se sente em fracas condições e que se calhar não devia de jogar. Se quisesse falar com o treinador sobre este assunto fazia em particular e nunca na imprensa. Mesmo em má forma Liedson é um jogador importante para a equipa. Muitas vezes os jogadores fazem o sacrifício de jogarem lesionados pelo melhor da equipa. Mas neste caso nem tem vontade de jogar mesmo não estando lesionado. Uma melhor forma conquista-se com trabalho e empenho. Espero que este seja um caso isolado no grupo de trabalho e que toda a equipa esteja unida para passar este zona de turbulência que tanto pode ser grande como mais pequena.

1 comentário:

Tite disse...

Amigo leão,

Até o Izma, que está sem minutos e parado há tanto tempo, demonstrou mais força de vontade do que o Liedson que nós sabemos que anda em baixa de forma mesmo antes do esquema de jogo ter sido alterado.

Coisas de jogadores "prima-donas"!!!!