O congresso do Sporting

Não tive a oportunidade de acompanhar o congresso do nosso clube que se realizou este fim de semana, por isso estou algo á toa sobre este assunto. Destaque para que a maioria das recomendações foram aprovadas. Quem esteve presente, ou sabe bem o que se passou deixe comentário a explicar os pontos mais importantes do congresso. Deixo os textos que estavam no site do Sporting, o primeiro sobre sábado e o segundo um apanhado geral:


Primeiro dia de intenso debate!

Terminado o primeiro dia do Congresso Leonino, que está a decorrer desde a manhã de sábado, em Santarém, os delegados, nas quatro secções, aprovaram 141 das 210 recomendações apresentadas e que serão levadas este domingo a plenário.

O final da manhã e a tarde de sábado foram altamente produtivos, pois os delegados ouviram as apresentações temáticas, deram as suas sugestões e esclareceram todas as dúvidas que tinham.

Diz-se que da discussão nasce a luz e poderá ter sido isso mesmo que aconteceu em Santarém, num espaço amplo de debate aberto aos diversos pontos de vista dos delegados. A secção Sócios e Adeptos, com 81 das 95 recomendações aprovadas, e a secção Modelo de Sustentabilidade financeira, com 15 das 34 recomendações aprovadas, foram as mais prolongadas do dia, até porque os temas debatidos focavam muitas das questões que mais preocupavam os sportinguistas. O projecto de reestruturação financeira, a redução do passivo do Sporting, a passagem da Academia para a SAD, o controlo do Clube na SAD, os direitos e deveres dos sócios efectivos e correspondentes, a reformulação do Conselho Leonino, a relação dos Núcleos com o Sporting e a criação de uma Assembleia delegada e referendária, foram os assuntos mais «quentes» em discussão. Nos Desafios do Eclectismo foram aprovadas 30 das 38 recomendações e no Modelo Estratégico do futebol foram validadas 15 das 25 recomendações apresentadas.

À saída dos trabalhos, Rogério Alves regozijou-se com a aprovação da sugestão que defende a valorização do papel dos sócios no Clube.”É uma proposta que tem como finalidade cumprir a necessidade de cativar as dezenas e centenas de milhares de adeptos do Sporting, que não são sócios e deveriam sê-lo. No contacto entre os órgãos directivos e os sócios, havia muita pergunta que tinha de ser feita. Por vezes, são questões pontuais que intrigam os sócios e eles não têm um meio expedito e rápido de esclarecer. Aqui, os órgãos directivos estiveram à disposição para responder a tudo”, disse.

António Menezes Rodrigues, vice-presidente do Conselho Directivo exaltou a aprovação de uma recomendação que defende o aumento do “suporte de apoio do clube, com sócios, no sentido que os sócios correspondentes participem na vida do clube”, mostrando-se igualmente satisfeito com a aprovação da proposta de criação de uma “Assembleia delegada da Assembleia Geral para decidir sobre assuntos relevantes da vida do Sporting".

Já Filipe Soares Franco ficou entusiasmado com “a elevada participação de sócios interessados em discutir o futuro do Sporting”, frisando igualmente a importância da aprovação das recomendações para a criação das Assembleias delegada e referendária que, segundo o presidente, representam “um enorme passo no sentido da inovação do clube e dos seus estatutos”.
Ainda antes dos congressistas abandonarem o CNEMA, foi servido um jantar e durante o mesmo puderam assistir ao encontro entre Portugal e Suécia. No intervalo da partida actuou o Rancho Folclórico do Bairro das Fontainhas, de Santarém.

Para domingo os trabalhos iniciam-se pela 9h30, com uma votação em plenário na generalidade às 141 recomendações aprovadas na véspera.

Texto: Andreia Alexandre e Sandro Baguinho
Fotos: Pedro Cruz



Um passo para o Sporting do futuro!

As expectativas foram superadas. O Congresso Leonino, sob a divisa conquistar o futuro em época de globalização, foi uma demonstração inequívoca de sportinguismo, democraticidade, debate de ideias e inovação.

Os «leões» disseram presente e votaram, em plenário 133 das 141 recomendações. Sendo que o Sporting não realizava um Congresso há 13 anos, o presidente do Conselho Directivo congratulou-se não só com a adesão dos sportinguistas a esta iniciativa, como enalteceu o trabalho realizado pela Comissão Organizadora e funcionários do Clube. Ao fazer um balanço do dia e meio de debate, Soares Franco realçou: “Aprovámos 130 recomendações que, embora não sendo vinculativas, serão sempre muito importantes para o futuro do Sporting.
Os quatro temas do Congresso foram amplamente debatidos, discutidos e foram tomadas decisões. Quando se decide na vida está a querer dar-se um passo na caminhada. Votar e decidir é importantíssimo e durante este dia e meio soubemos decidir muita coisa que estava em dúvida na mente dos sportinguistas.”

Durante a sessão de plenário há a destacar a aprovação com 100 por cento dos votos da recomendação número 15 da secção Modelo Estratégico do futebol: “A vertente comportamental e psicológica dos jovens jogadores deve merecer uma especial atenção em todo o processo de formação…”.

As recomendações que tiveram maior equilíbrio entre votos favoráveis e contra foram “um maior esforço no financiamento e na procura de patrocínios para as modalidades”, a redução do preço dos ingressos na bancada superior, tendo em conta a maior distância do relvado e questões de espaços para que todas as claques ficassem situadas na bancada sul do Estádio.

As restantes propostas receberam a aceitação generalizada do plenário, fora as oito que não foram aprovadas. Antes do final dos trabalhos, o presidente da Mesa do Congresso, Rogério Alves, levou a votação duas moções extra apresentadas por Paulo Abreu e por Pedro Ramires. A primeira, entretanto aprovada, sugeria um voto de louvor ao Conselho Directivo, à Comissão Organizadora, presidida por Ernesto Ferreira da Silva, e à equipa que o acompanhou e especialmente ao congressistas pela forma cívica como participaram no congresso. A segunda, que acabou por ser rejeitada, pedia a inexistência de Assembleias Gerais nas dez semanas prévias às eleições do próximo mês de Junho.

Após o discurso de Filipe Soares Franco, toda a assembleia se levantou para aplaudir de pé o líder máximo dos «leões».

Texto: Andreia Alexandre e Sandro Baguinho
Fotos: Pedro Cruz